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quinta-feira, 11 de abril de 2013

DEUSA CERES



CEREÁLIA



Fonte imagem:http://gerardoonline.files.wordpress.com/2010/09/ceres.gif

Ceres, na mitologia romana, equivalente à Deusa grega, Deméter, filha de Saturno e Cibele , amante e irmã de Júpiter, irmã de Juno , Vesta, Netuno e Plutão, e mãe de Proserpina com Júpiter.

É a Deusa do cereal, é uma Deusa matriarcal, a imagem do poder das entranhas da terra. Diz-se que ela ensinou aos homens as artes de arar, plantar e colher, e às mulheres, como moer o trigo e fazer o pão.

            Segundo a mitologia, o início da vida de Ceres foi bastante traumático. Assim que nasceu, teve o mesmo destino dos seus irmãos Juno, Vesta, Plutão e Netuno e foi engolida pelo seu pai, Saturno. A beberagem oferecida por Júpiter a Saturno, único filho que não havia sido engolido, fez com que Saturno "vomitasse" todos irmãos. Ceres, por ter sido a segunda filha, foi a penúltima a ser devolvida.

          Mas foi um episódio envolvendo sua filha que marcou mais significativamente a personalidade desta Deusa. Ceres morava feliz com sua única filha, Prosérpina, na mais completa harmonia. Entretanto, certo dia, ao colher flores, a garota foi atraída por um lindo narciso. Ao estender a mão para pegá-lo, o solo fendeu-se diante dela surgindo Plutão, o Deus das trevas e irmão de sua mãe, que havia se apaixonado perdidamente pela jovem. Plutão então puxou-a para seu carro de ouro e levou-a para o seu reino - os infernos. Prosérpina gritou pedindo ajuda ao seu pai Júpiter, mas não recebeu nenhum auxílio.

            Sob a influência de Plutão, Prosérpina aceitou comer um "bago de romã" , a fruta das trevas, que tinha o poder de aprisionar nos infernos para sempre quem a comesse. Desesperada, Ceres, procurou sua filha por nove dias e nove noites sem parar para comer, dormir ou beber água. Também pediu ajuda a Júpiter, seu irmão e pai de sua filha, mas não foi atendida.

               Enfurecida e incapaz de aceitar a perda da filha, Ceres ordenou que a terra secasse, recusando-se a devolver-lhe a abundância. Nada a faria mudar e o mundo estava condenado a perecer por falta de alimento. Graças a intervenção do deus da comunicação e mensageiro dos deuses, Mercúrio, Ceres aceitou o acordo: Prosérpina viveria com sua mãe durante nove meses do ano e deveria retornar para o marido nos três outros meses.

Patrona da Sicília, Ceres pediu a Júpiter para que a Sicília fosse colocada nos céus; como resultado, e porque a ilha tem forma triangular, criou a constelação Triangulum, um dos antigos nomes era Sicilia.

A Deusa era personificada e celebrada por mulheres em rituais secretos no festival de Ambarvalia, em Maio. Existia um templo dedicado a Ceres no monte Aventino em Roma. O seu primeiro festival era a Cereália ou Ludi Ceriales ("jogos de Ceres"), instituídos no século III a.C. e celebrados anualmente de 12 de abril a 19 de abril. Sabe-se muito pouco sobre os rituais de veneração a Ceres; um dos poucos costumes que foram registados era uma prática de apertar ligas nas caudas das raposas e que eram largadas no Circo Máximo

Ceres era retratada na arte com um cetro, um cesto de flores e frutos e tinha uma coroa feita de espigas de trigo.

A palavra cereal deriva de Ceres, comemorando a associação da Deusa com os grãos comestíveis. O nome Ceres provém de "ker", de raiz Indo-Europeia e que significa "crescer", também é a raiz das palavras "criar" e "incrementar". O asteróide Ceres levou o nome desta Deusa, o mesmo aconteceu com o elemento químico Cerium.

Ceres também é relacionada à cerveja, que em latim é grafada Cervisiae, batizada pelos romanos em homenagem à Deusa. Empresta seu nome também ao famoso lêvedo de cerveja cujo nome científico é Saccharomyces cerevisiae.

A Deméter grega, sincretismo de Ceres, é citada na mitologia como a Deusa dos belos cabelos claros, associando-se seus cabelos aos campos de trigo maduro. Também é representada por imagens fortes de mulher madura, decidida, imponente e cheia de autoridade. Traz uma coroa de grãos na cabeça e uma cornucópia de onde derrama flores e frutos. Em algumas representações empunha uma espada de ouro ou uma tocha de fogo, usadas para defender sua casa. É considerada uma deusa de caráter dócil e gentil, cheia de compreensão e simpatia pelos humanos, é uma das deusas mais interessadas no bem estar da humanidade. Seu maior presente para os homens foi o pão e as bebidas a base de cereais. A obediência às regras agrícolas fez dela uma deusa reguladora da sociedade, responsável pela manutenção do equilíbrio. Ceres tem os mesmos atributos, mas é representada com a silhueta mais generosa de uma típica matrona(matriarca de uma família, mãe mandona) .

Uma diferença substancial entre Ceres e Deméter é que Ceres formou um grupo de trabalhadores do campo muito fiéis a ela, isto acabou ligando-a fortemente as classes inferiores da sociedade romana que freqüentavam seus templos.

Seus animais sagrados eram o leitão, símbolo da fertilidade, o cavalo, por seu papel importante na agricultura e a cobra, por viver junto a terra e conhecer suas profundezas e segredos. Também lhe eram sagradas as pombas, por sua capacidade reprodutiva e o mullus ou triglia, peixe que come um molusco venenoso para o homem.

Para honrar esta Deusa coloque em seu altar um prato com grãos e frutas, acenda um incenso de canela ou cravo e uma vela verde e ofereça a Deusa pedindo para que nunca falte alimento em sua casa. No dia 19 que é o último dia da Cereália pegue a oferenda e coloque aos pés de uma árvore(de preferência frutífera).   

Pesquisa:
Almaque Wicca 2013
O Anuário da Grande Mãe. Mirella Faur

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