A lenda de Ostara
Eostre, Ēostre, Ostara ou Ostera
é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia
nórdica e mitologia germânica. Na primavera, lebres e ovos coloridos eram os
símbolos da fertilidade e renovação à ela associados.
Por ser uma Deusa um tanto obscura,
muito do que se sabia sobre ela foi perdido através dos tempos. Sendo assim,
descrições, mitos e informações sobre ela são escassos.
Dizem as lendas que Eostre tinha uma especial afeição por
crianças. Onde quer que ela fosse, elas a seguiam e a Deusa adorava cantar e
entretê-las com sua magia.
Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão
amadas crianças, quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da
Deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal
favorito de Eostre, uma lebre. Isto maravilhou as crianças. Com o passar dos
meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque
não mais podia cantar nem voar.
As crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento.
Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já
estava feita e nada poderia revertê-la. Eostre decidiu esperar até que o
inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía. Quem sabe quando a
Primavera retornasse e ela fosse de novo restituída de seus poderes plenamente
pudesse ao menos dar alguns momentos de alegria à lebre, transformando-a
novamente em pássaro, nem que fosse por alguns momentos.
A lebre assim permaneceu até que então a Primavera chegou.
Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a
lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo. Agradecido, o pássaro botou
ovos em homenagem a Eostre. Em celebração à sua liberdade e às crianças, que
tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original, o pássaro,
transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.
Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no
livre-arbítrio de alguém, Eostre entalhou a figura de uma lebre na lua que pode
ser vista até hoje por nós.
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